Por Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional - Brasília
A produção de grãos no ciclo 2023/2024 está estimada em 297,54 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, ontem, quinta-feira (13).
De acordo com as informações, o volume é 7% menor do que a temporada anterior, o que significa 22 milhões de toneladas a menos.
A queda é resultado das condições climáticas adversas que influenciaram as principais regiões produtoras do país.
Já os cultivos de segunda safra têm apresentado melhor produtividade com aumento de dois milhões de toneladas. Os destaques são para milho, algodão em pluma e feijão.
O arroz teve aumento na área plantada em relação à temporada anterior. Segundo a Conab, isso foi por causa dos bons preços na época do plantio.
A produção esperada é de dez milhões de toneladas, 3,6% superior na comparação com a última safra, mas 0,9% abaixo da estimativa para esse ano.
De acordo com o gerente de Safras da companhia, Marco Antônio Chaves, 93% das áreas plantadas no Rio Grande do Sul já estavam colhidas antes das chuvas e enchentes, e os números apresentados agora já consideram os impactos climáticos no estado.
As chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul levaram o Governo Federal a fazer um leilão para importar, numa primeira etapa, 263 mil toneladas do cereal.
Isso, segundo o Governo, para garantir o alimento no prato das famílias e regular os preços, que subiram.
Mas, o certame foi anulado, nesta semana, porque a revelação das empresas vencedoras levantou dúvidas sobre a capacidade financeira e técnica de entrega, já que elas não são do ramo de arroz.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, informou que um novo edital, com ajustes nas regras do leilão, deve ser apresentado em 10 dias.
Já em relação à soja, a colheita foi finalizada e tem uma produção estimada em 147,35 milhões de toneladas; uma redução de 4,7% sobre a safra anterior.
E entre as culturas de inverno, o destaque é o trigo, que já teve o plantio iniciado em 46% da área. Mas, no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do cereal de inverno, os trabalhos nesta safra estão prejudicados pelo clima não-favorável: o excesso de umidade impede o manejo das áreas a serem semeadas.
Edição: Bianca Paiva / Fran de Paula - Fonte: Agência Brasil
Postagem do jornalista Claudinei Prado - MTPS 23.455/SP e IFJ 674 BR.
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