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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Paraná: Já são cinco pré-candidatos ao governo do estado

(c) São cinco pré-candidatos ao governo do Paraná


Há pouco mais de 7 meses das eleições, o cenário político no Paraná começa a ser desenhado com cinco potenciais pré-candidatos a governador. O governador Ratinho Júnior (PSD) vai tentar a reeleição, mas deve enfrentar mais dificuldades do que em 2018, quando teve uma oposição fraca.


Os adversários de Ratinho Junior até o momento são o ex-governador e ex-senador Roberto Requião (sem partido), que busca o quarto mandato no cargo, e ainda dois novatos – o ex-prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho (PSDB) e o deputado federal Filipe Barros (UB-PR).


O senador e ex-governador Alvaro Dias também disse que pode disputar, mas a decisão está atrelada a uma indefinição que envolve Ratinho Junior e o Podemos em torno da candidatura de Guto Silva ao Senado.


CESAR SILVESTRI


(c) - Cesar Silvestri Filho foi prefeito de Guarapuava – Foto: Divulgação


César Silvestri pode ser considerado uma promessa, já que tem o mesmo perfil adotado pelo eleitorado de Ratinho Júnior, porém com uma vantagem – não tem rejeição e deixou o cargo em Guarapuava com alto índice de aprovação, o que o ajuda no contexto regional.


Ele estava no Podemos mas saiu do partido acusando Alvaro Dias de estar rifando sua candidatura, em favor de Ratinho. Para explicar: Ratinho terá Guto Silva como candidato do PSD ao Senado Federal, mas antes de tudo isso, em 2018, havia prometido apoio à reeleição de Alvaro Dias.

Dias se sentiu traído, e passou a articular uma candidatura própria do Podemos. Mas na verdade esse movimento era uma tratativa para beneficiar somente o nome do Senador e isso não colou ‘nem cá, nem acolá’.

Silvestri sabendo disso, deixou o Podemos e se filiou ao PSDB, onde já foi apresentado oficialmente como nome do partido na disputa ao governo.

REQUIÃO


(c) - Ex-senador Roberto Requião – Foto: Arquivo / Senado

O ex-governador busca o quarto mandato no cargo, depois de ter sido derrotado em 2018 para sua reeleição ao Senado. Requião está sem partido, mas caminha para fechar com o PSB. Além da sigla, outras opções são o PT e o PDT, uma vez que o ex-governador já tem o apoio declarado do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas presidenciais na maioria dos estados.

No Paraná, porém, Requião ainda não tem a preferência. No último levantamento ele estava em segundo colocado, com pouco mais de 20% enquanto que Ratinho Junior despontava com mais de 50%.

Apesar disso, aos 80 anos Requião segue andando pelo Paraná em uma campanha firme principalmente angariando apoios ao seu nome. Ele também aproveita de, por onde passa, desconstruir Ratinho Junior, que anda com alta rejeição principalmente no Norte e Noroeste do Paraná.

O rebu programado é que, se Requião cresce nas pesquisas, as eleições podem ir para o segundo turno e aí, o governador terá dificuldades para se reeleger.

ALVARO DIAS

(c) - Senador Alvaro Dias – Foto: Saulo Rolim/PODEMOS

O senador surgiu como potencial nome na disputa pelo Palácio Iguaçu nesta semana, ao declarar a empresários do Show Rural em Cascavel que pode disputar o governo, caso Ratinho Júnior não cumpra seu acordo com ele, e continue a aventura com Guto Silva para o Senado.

Alvaro Dias que já governou o Paraná em 1989 e saiu manchado principalmente com os professores, ensaia um retorno truncando com Ratinho Junior que ele mesmo se colocará na disputa diante da traição do governador à sua reeleição.

E é bem possível que isso aconteça, já que Alvaro está desgastado politicamente, e ninguém, a não ser o impopular prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, ousou embarcar na sua canoa.

FILIPE BARROS


(c) - Filipe Barros (União Brasil) – Foto: Agência Câmara

Já Filipe Barros se anunciou pré-candidato, mas muitos especialistas políticos avaliam como um blefe, uma vez que com a indefinição de Ratinho Junior com o Podemos de Moro, o PT de Lula e o PSD – seu próprio partido e que pode apoiar Lula – Ratinho ainda não deu sinais sobre qual será seu palanque presidencial.

Com isso, Barros como quem “trouxesse um recado” de Bolsonaro, se prontificou a disputar o Palácio Iguaçu para que o presidente tivesse um palanque fiel no estado, e assim botou seu nome. Ainda há muita conversa antes da decisão sobre a candidatura de Barros.

A tendência porém é de uma indefinição. Caso Ratinho não apoie Bolsonaro, não sobrará palanque para o presidente no Paraná. Nesse cenário sim a hipótese de Barros disputar pode ser confirmada.

Informações portal 24 HORAS DE LONDRINA
Fonte: Jornal Repórter do Vale -  www.jornalreporterdovale.com
Matéria postada pelo jornalista Claudinei Prado- MTPS 23.455/SP e IFJ 674 

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