Equipamentos que substituem a madeira, o ferro e o concreto em algumas construções civis estão sendo produzidos com as cinzas de resíduos urbanos tratados termicamente na Usina Térmica de Roncador -PR . Os materiais são produzidos pela Polisint Tecnologia Sustentável Polissintetica LTDA., aprovada no Chamamento Público nº 02/2020 do Programa de Aceleração de Soluções Sustentáveis (Invest Pass), da Invest Paraná.
As cinzas utilizadas pela empresa são provenientes da incineração dos resíduos sólidos urbanos dos municípios de Roncador, Mato Rico, Nova Cantu e Iretama no PR.
As cinzas utilizadas pela empresa são provenientes da incineração dos resíduos sólidos urbanos dos municípios de Roncador, Mato Rico, Nova Cantu e Iretama no PR. Ao invés de ocupar espaço em aterros sanitários e poluir o meio ambiente, o lixo urbano dos quatro municípios são incinerados em um equipamento com baixa emissão de poluentes.
A ação é parte de um projeto piloto que conta com apoio do Governo do Estado. Segundo o sócio proprietário da Polissint Tecnologia, Alisson Adamo, a substituição de madeira, ferro e concreto pelos materiais produzidos oferece inúmeros ganhos para o meio ambiente. “Eles podem ser usados na pecuária, na base de sustentação de placas de energia solar, em pergolados, placas de sinalização, parreiras de uvas, entre outras atividades”, disse.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, estes equipamentos representam um dos resultados práticos da tecnologia utilizada na Usina de Roncador. O investimento total para instalação foi de quase R$ 4 milhões por parte do setor privado. “É um projeto que integra o Lixo 5.0, criado pela Secretaria para acompanhar estudos e reconhecer novas tecnologias e processos de tratamento de resíduos nos municípios”, disse.
A tecnologia consiste na transformação do resíduo em cinza, podendo diminuir em até 97% a massa do material introduzido no sistema. “É um espaço único no Paraná. Uma nova ferramenta em teste para destinar os resíduos sólidos urbanos de maneira mais eficiente, barata e sustentável”, completou Nunes.
“Não é apenas a transformação dos resíduos em cinzas por uma máquina sustentável. É o envolvimento da comunidade através da educação ambiental, para que os resíduos sejam separados e destinados corretamente”, afirmou o coordenador de Gestão Ambiental da Sedest, Júlio Rietow.
As cinzas podem ser aproveitadas para fabricação de asfalto, blocos cerâmicos e insumo agrícola. A Sedest foi responsável por toda a articulação entre as instituições parceiras, dando suporte técnico para os profissionais do município. A Secretaria também vai lançar uma cartilha educativa e promover encontros com os moradores da região.
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