Em alusão ao mês que promove a conscientização contra o câncer de mama, a Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) lançou uma campanha exclusiva para os pets. O Outubro Rosa Pet tem o objetivo de aumentar a qualidade de vida e diminuir a mortalidade proveniente da doença em cadelas e gatas.
(c) Geraldo Bubniak / AEN
A identificação precoce e o tratamento nas fases iniciais da doença apresentam alta incidência de cura, o que melhora a qualidade de vida e diminui a taxa de mortalidade. A campanha orienta como os tutores podem identificar a patologia nos animais.
A campanha atende as políticas de educação ambiental propostas no Conselho Estadual do Direito Animal (CEDA). De acordo com a médica veterinária da Sedest Daniela Tozetto, identificar possíveis alterações nas mamas das cadelas e gatas é como o autoexame humano. “É recomendado que se faça a apalpação nas mamas. Caso haja algum nódulo ou aumento de volume, recomenda-se que o animal seja levado ao médico veterinário para avaliação clínica e orientação sobre o diagnóstico e tratamento”, disse Tozetto.
É importante, também, redobrar a atenção quando o animal atinge sete anos de idade, com a verificação periódica pelos tutores. A veterinária afirma, ainda, que a maneira mais eficaz de prevenir os tumores mamários é a castração antes do primeiro cio ou entre o primeiro e o segundo cio. O primeiro ocorre geralmente entre o quinto e o sétimo mês de vida.
CASTRAÇÃO – Além da identificação precoce, a castração se mostra a maneira mais eficiente no combate e prevenção ao câncer de mama nos pets. Para promover esses serviços em animais com tutores de baixa renda e entidades que prestam serviços sociais a animais abandonados, a Sedest criou o Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos, CastraPet Paraná. Desde 2019, o serviço médico veterinário é feito de forma gratuita, com recursos do Governo do Estado e de emendas parlamentares.
Atualmente, o programa está no segundo ciclo. No primeiro, cerca de 15 mil animais foram esterilizados em 45 municípios. Neste segundo, a expectativa é castrar animais em 80 municípios do Estado.
“Este é um programa importante que, além de prevenir zoonoses em animais, oferta um serviço gratuito à população que não tem condições de pagar pelo procedimento em uma clínica. Além disso, os animais saem da cirurgia com o medicamento para a recuperação e um microchip eletrônico de identificação, que ajuda no caso de fuga ou roubo”, destacou o secretário Márcio Nunes.
(c) Foto - SEDEST
CÂNCER EM ANIMAIS – Nos animais, o tumor nas glândulas mamárias é o mais comum nas fêmeas caninas e chega a representar cerca de 50% a 70% de todos os tipos de câncer. Da mesma forma como em humanos, os tumores podem ser benignos, quando não apresentam risco ao animal, ou malignos, quando se desenvolve o câncer de mama.
Aproximadamente 50% dos tumores mamários malignos ocasionam metástase, estágio em que o câncer se espalha para outros órgãos. Já nas gatas, o tumor mamário é a terceira causa mais comum, atrás apenas das patologias sanguíneas e de pele. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), cerca de 85% dos diagnósticos são de tumores malignos, o que configura o câncer de mama.
Fonte: AEN-PR: Agência Estadual de Notícias
Matéria postada pelo Jornalista Claudinei Prado - MTPS 23.455/SP e IFJ 674 BR
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