Em 2021, reportagens foram replicadas mais de 40 milhões de vezes
Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Um alerta de novidade dispara na redação do jornal O Mamoré, na cidade de Guajará-Mirim (RO), cada vez que é publicado um material jornalístico da Agência Brasil, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Brasília, sede principal da agência, fica a cerca de 2,8 mil quilômetros por estrada da cidade rondoniense. Graças à Agência Brasil, que é pública e, por isso, fornece conteúdos jornalísticos gratuitos para todos os veículos de comunicação, o que parecia tão distante passa a ficar pertinho.
(c) Marcello Cassal Jr / Agência Brasil
Tornar o público mais próximo e colaborar com a integração do país por intermédio do jornalismo são práticas diárias da Agência Brasil, que completa, nesta segunda-feira (10), 31 anos de história. O veículo vive um momento especial. Alcançou a marca de 94,8 milhões de usuários no ano passado e mantém o ritmo crescente de acesso. Neste ano, já está perto de 31 milhões de usuários.
Outro dado mensurável é que, somente em 2021, os materiais da agência tiveram cerca de 40 milhões de reportagens (novas publicações) por veículos e usuários, das maiores às menores cidades.
O coordenador de Projetos Multiplataformas da EBC, Luis Flavio Rocha, explica que uma ferramenta de medição de audiência desenvolvida na empresa (ABTracker) permitiu descobrir que o volume de acessos das notícias da Agência Brasil que são utilizadas em outros veículos é próximo ao volume de acessos no site do veículo.
"Isso significa que a audiência é praticamente o dobro da que se achava que a agência tinha", afirma o coordenador. Essa medição foi possível a partir da utilização de técnicas e algoritmos que permitem ter a informação de quais matérias são da Agência Brasil e o volume de acesso que esse conteúdo acumulou.
Do centro às fronteiras do país, o que significa ocupação estratégica com informações para populações inteiras que não seriam atendidas por grandes mídias comerciais. Essa garantia de inclusão e de cidadania é considerada de valor imensurável por quem estuda a comunicação pública.
Para a jornalista e pesquisadora em comunicação Claudia Lemos, presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), como outros direitos, a garantia da informação é fundamental para a cidadania, para ter acesso aos serviços prestados pelo Estado e para a efetiva participação nas discussões. “Por isso, a Agência Brasil tem o papel importante de oferecer informação jornalística que pode ser consultada diretamente pelo cidadão ou utilizada gratuitamente por veículos de comunicação no país inteiro, que de outro modo talvez não tivessem acesso a ela”, afirma.
No caso do jornal O Mamoré, a diretora Minerva Soto explica que a utilização das reportagens da Agência Brasil não leva apenas em conta o volume de conteúdos diários fornecidos. “Temos extrema confiança em tudo o que é produzido pela Agência Brasil. Cada vez que verificamos que há uma publicação nova, sabemos que é de alta qualidade. Pelo que percebemos, a Agência Brasil investe em um jornalismo de soluções e não apenas apresentação de problemas”, afirma.
Fazem parte do público de O Mamoré comunidades que vivem em regiões ribeirinhas daquela cidade que, principalmente após o início da pandemia, passaram a buscar mais informações, segundo a diretora do veículo. “A gente se entende como um elo entre as notícias nacionais feitas pela Agência Brasil e os públicos locais que precisam das informações do país inteiro”. Os locais interessados pelo que se passa no país incluem até os estrangeiros. Na fronteira, está a cidade “irmã” boliviana de Guayaramerín. Para Minerva Soto, informação significa autonomia e também segurança.
As notícias que chegam da Agência Brasil ajudam a compor para os moradores das fronteiras, inclusive, uma visão mais ampla que complementa as notícias apenas locais. Ainda na Região Norte, o site Notícias da Fronteira, em Brasileia (AC), utiliza diariamente as notícias da Agência Brasil. A transmissão das informações, segundo o responsável pelo site, o jornalista Almir Andrade, significa proteção das identidades nacional e local. Ele mantém, além de reportagens em texto, programa de TV e rádio na web. Andrade considera que os conteúdos da Agência Brasil são fundamentais para a viabilização de tudo o que ele produz. “Informações, texto, foto...para mim, tudo é muito importante para levar aqui ao nosso público”. Brasileia faz fronteira com a cidade boliviana de Cobija.
Redação do jornal Diário Corumbaense: uso diário de reportagens da Agência Brasil. Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense/Divulgação
No Amapá, o Jornal do Dia, que é o primeiro veículo diário do Estado (de 1987), utiliza diariamente os materiais da Agência Brasil. “A agência é um veículo que contribui para transmitir notícias ao público amapaense de forma fidedigna, em um cenário atual em que as notícias falsas estão cada vez maiores”, diz o editor Luciano Pereira.
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