Por Redação
Os eventos de adoção presenciais, suspensos por conta da pandemia de Covid-19, foram substituídos pelas "lives"
Para tentar encontrar novos lares para animais resgatados do abandono e dos maus-tratos, a ONG 101 Vira-latas de Viamão, no Rio Grande do Sul, recorreu às transmissões ao vivo via internet. Produtos também estão sendo comercializados para arrecadar fundos para a entidade.
Há 16 anos, a ONG sobrevive por meio de doações e parcerias. Os recursos recebidos, no entanto, foram reduzidos de maneira drástica por conta da crise financeira gerada pela pandemia de Covid-19.
Foto: Divulgação |
Para angariar fundos para a entidade, transmissões ao vivo – as chamadas “lives” – começaram a ser feitas. Nos vídeos, os animais disponíveis para adoção também são apresentados, assim como produtos doados por lojas especializadas são vendidos.
“As doações caíram bastante, como a gente tem o brechó e a gente tinha esses produtos pets tivemos a ideia de fazer as lives. Fazemos todos os sábados, às 10h começa uma hora de live de venda do brechó, depois às 13h fazemos a de adoção. A ideia é fazer um sebo também”, explicou ao G1 a fundadora da ONG, Aline Orestes Vieira.
Desde que as lives começaram a ser feitas, 10 animais foram doados. “Claro que a gente também não quer que adote só pelo impulso, tem que ser uma adoção consciente. A gente verifica o pátio, pede pro adotante mandar um vídeo, ver se não tem perigo de fuga”, disse.
Apesar do aumento nas adoções, o abandono persiste. Na última semana, quatro filhotes de gato foram abandonados em frente ao carro da entidade. Por isso, voluntários da ONG pedem a contribuição da sociedade para manter os animais. Atualmente, quatro toneladas de ração são compradas mensalmente pela 101 Vira-latas para alimentar os animais. Há gastos também com tratamentos veterinários, remédios e castração.
Foto: Divulgação |
“O abandono não para, a gente não tem como ficar assim, absorver o abandono e não conseguir adoção. Além de adoção a gente também pede lar temporário, a gente fornece a ração e tudo que é necessário”, explicou. Segundo ela, os filhotes são os que mais precisam de lar temporário.
Atualmente, sete pessoas trabalham no cuidado aos animais da entidade, sendo seis voluntários e uma veterinária. Outros oito membros integram o setor administrativo da ONG, que mantém 300 animais.
Após o período de isolamento social, a intenção é manter as transmissões ao vivo por conta do aumento das adoções obtido através dessa interação online.
Fonte: Anda - www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais
Nenhum comentário:
Postar um comentário