Por Redação
Ainda que não seja possível uma adoção definitiva, oferecer um lar de acolhimento prolonga a vida destes animais até que os abrigos consigam se recuperar economicamente.
Tammy Turley, diretora executivo do abrigo de resgate de animais Mostly Mutts, ao norte de Atlanta, nos Estados Unidos, acredita que milhares de cães e gatos em todo o país serão condenados à morte devido ao colapso econômico trazido pela pandemia do coronavírus e o desequilíbrio entre o aumento do abandono de animais e a queda de adoções e doações.
(c) Pixabay |
Ela afirma que é política dos abrigos norte-americanos sacrificar animais saudáveis que não têm a sorte de serem adotados. “As famílias abandonam seus animais domésticos ou os entregam a abrigos, e quando esses abrigos estão superlotados e os animais não são adotados, chega a hora de induzi-los à morte”, denuncia a ativista em defesa dos direitos animais.
Turley aponta ainda que o sacrifício de animais saudáveis já é comum em abrigos, mas a pandemia acelerá essa prática e a incerteza trazida pela crise, promoverá um verdadeiro holocausto de animais que, em teoria, deveriam estar em um local seguro. A ativista diz que só a população pode salvar esses animais.
Para tentar conter a onda de mortes em massa, Turley faz um apelo para que moradores de o país visitem abrigos e ofereçam lares temporários para cães e gatos que em poucas semanas podem ser mortos. Ainda que não seja possível uma adoção definitiva, oferecer um lar de acolhimento prolonga a vida destes animais até que os abrigos consigam se recuperar economicamente.
A ativista conta que com a chegada da Covid-19, ela imediatamente fez uma grande campanha para conseguir o lar para todos os animais acolhidos pelo Mostly Mutts. “Tínhamos 70 cães e alguns gatinhos prontos para serem adotados, mas sabíamos que com a quarentena não teríamos voluntários para cuidar deles. Anunciamos em redes sociais e recebemos 86 ofertas de adoções e lares temporários”, disse.
E completa: “Mas eu sei que mais estão chegando à medida que a economia piora. As pessoas estão assustadas e muitas famílias vêem alimentar e cuidar de um animal doméstico como uma despesa que não podem pagar agora – mesmo que esse animal possa ter sido um membro da família há anos. É triste, mas é por isso que nosso abrigo está aqui”, acrescenta.
Fonte: www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais
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