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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Ex-criador de porcos adota o veganismo e atua no resgate de animais

Por Redação

Atualmente, ele e sua esposa, Carolina Valenzuela, adotaram um mini porquinho chamado carinhosamente de Bubba.

O ex-fazendeiro e criador de porcos Justin Reineke adotou o estilo de vida e filosofia vegana e se dedica a salvar e cuidar de animais explorados para o consumo humano. Ele, inclusive, adotou um porquinho e passou a entender como estes animais são amorosos e inteligentes. A história de Reineke é contada no novo documentário da PETA, que explora a crueldade envolvida na criação de porcos.

Ilustração | Pixabay
Reineke começou a trabalhar em um matadouro na cidade de Manitoba, no Canadá, quando tinha apenas 16 anos. É uma cidade predominantemente rural e a maior parte da atividade econômica vem da pecuária. Ele sempre achou que não teria opções a não ser continuar o ciclo de explorar e matar animais, mas ao relembrar o passado, o ex-fazendeiro se assusta com a própria insensibilidade.

“Eu olho para trás agora e isso me assusta. Não é normal. Muitas das memórias não são boas. Sinto que outros trabalhadores do setor não estão se manifestando. Acho que, quando falo, ajuda a facilitar o compartilhamento de suas histórias”, diz o ativista, que atualmente atua na conscientização sobre a importância do reconhecimento dos direitos animais.

Ilustração | Pixabay
O ex-fazendeiro conta que nos dois primeiros dias de vida, os dentes dos porquinhos são cortados com lixadeiras por trabalhadores sem nenhum treinamento veterinário. As caudas dos animais também são mutiladas com tesouras de jardim aquecidas. A esterilização dos machos é feita sem nenhuma assepsia ou analgesia. Os animais experimentam dores e sofrimentos profundos.

Reineke diz ainda que a área de parto é uma visão assustadora. Porcas são tratadas com total negligência e é comum ver porquinhos bebês doentes ou esmagados. Os filhotes que sobrevivem precisam viver e se alimentar próximo aos cadáveres dos irmãos. O choro das porcas é inesquecível, mas totalmente ignorado pelos funcionários e grandes fazendeiros.

Ele lembra o quanto esses animais são capazes de amar e ter esperança. “Os porcos mais novos são muito curiosos e felizes. Você consegue construir uma relação de confiança com eles antes que ele sejam inseridos no ciclo reprodutor e exploratório. Você cria essa confiança e depois a tira”, acrescenta.

Pixabay
Após anos trabalhando em um matadouro de porcos, Reineke abandonou o emprego e abraçou de vez o veganismo. Atualmente, ele e sua esposa, Carolina Valenzuela, adotaram um mini porquinho chamado carinhosamente de Bubba. Ele conta como é incrível poder ver um porquinho crescer e desenvolver todas as suas potencialidades, algo que nunca acontece em uma fazenda.

O ex-fazendeiro espera que sua experiência sirva como inspiração para que outros fazendeiros e funcionários de matadouros despertem sobre a inteligencia e senciência dos animais. “É divertido vê-los em um ambiente feliz depois de vê-los em um ambiente tão triste. Ao explicar ao público o que eu passei, isso pode realmente ajudar as pessoas a abrir os olhos para algumas das crueldades que estão acontecendo”, conclui.

Fonte: Anda - www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais

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