Por Redação
"Estou há 60 anos sem comer carne e estou aqui inteira", afirmou Ruth
Foto: Arquivo Pessoal |
Ruth Oliveira Alves, de 90 anos, esbanja saúde. Um dos segredos? O vegetarianismo. Livre do consumo de carne há quase 60 anos, ela é lúcida e cheia de disposição.
A aversão à carne veio ainda na infância. Ruth, no entanto, só teve autonomia para abandonar o consumo aos 29 anos, após desmamar seu último bebê. “Tive quatro filhos e, durante a amamentação, comia carne mesmo não gostando. Não queria ninguém dizendo que deixei meus filhos fracos, essas bobagens. Quando a última parou de mamar, eu parei de comer carne. Nunca mais”, afirmou a idosa, em entrevista ao G1.
Dizer, no entanto, que bebês e crianças podem ficar fracas por terem mães vegetarianas e por serem criados sem produtos de origem animal, realmente não passa de uma bobagem. Conforme explicou à ANDA a nutricionista Ana Ceregatti, “bebês e crianças podem ser veganos tranquilamente, sem nenhum prejuízo de crescimento”.
Mas se ainda nos dias de hoje há desinformação acerca do vegetarianismo e do veganismo, não só sobre a adoção de ambos por gestantes, bebês e crianças, mas também em relação a outras questões, na época em que Ruth decidiu cortas as carnes de sua alimentação era ainda pior. Segundo ela, as pessoas a olhavam com estranheza.
“Eu era diferente. Não conheci ninguém assim antes. Agora, tem vegetariano e vegano para todo lado”, contou.
Com a adoção do vegetarianismo, Ruth passou a quebrar vários paradigmas, um deles é o de que quem retira a carne do cardápio passa a ter uma dieta restrita. “Minha alimentação é mais variada. Substituo a carne por muitos outros alimentos, como verduras e legumes. Sempre fiz pelo menos três tipos de salada em cada refeição”, disse.
Além dela, um de seus filhos, também abandonou as carnes. “Um dos meus filhos, hoje com 68 anos, também se descobriu vegetariano”, revelou.
Foto: Arquivo Pessoal |
E por conta da forma como vive sua vida, Ruth tem algumas regras. Uma delas é não comer alimentos que tenham qualquer tipo de contato com carnes ou molhos preparados com o produto de origem animal. “Eu não como se encostar. Não gosto. Os talheres devem ser outros, os pratos devem ser separados, até em restaurante”, disse. Gelatina ela também não come, por ser feita com tutano de boi.
Segundo ela, a decisão de abandonar esses produtos vai “muito além do gosto” deles. E essa escolha tem lhe garantido boa saúde – o que é comprovado por estudos que mostram os benefícios de uma alimentação livre de origem animal.
“Não fico doente. A única coisa que preciso tomar é vitamina, para repor, por conta da idade. Eu estou muito bem. Estou há 60 anos sem comer carne e estou aqui inteira”, concluiu.
Fonte: Anda - www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais
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