Por mais que ainda não tenha casos de transmissão, cientistas afirmam que os animais podem contrair doença de humanos
Parques na África suspendem as atividades para proteger os mamíferos em extinção (Foto: Pixabay) |
Diversos santuários na África estão fechando suas portas para proteger gorilas do surto de Covid-19. De acordo com os administradores dos parques, há risco de os primatas serem suscetíveis a complicações decorrentes do vírus.
A Agência Nacional de Parques Nacionais, no Gabão, cujo sistema abriga milhares de gorilas-do-ocidente anunciou, em nota no Facebook, que iria tomar essas medidas, já que “os vírus respiratórios que afetam humanos são facilmente transmitidos a primatas”.
Seguindo o exemplo, o Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo, encerrou suas atividades pois é lá onde vivem alguns dos últimos gorilas-das-montanhas do mundo. Com preocupações semelhantes, Ruanda também está encerrando o turismo e as visitas de pesquisa em três parques nacionais que abrigam diversas espécies de macacos.
Ainda não houve casos conhecido de animais selvagens contraindo uma infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). No entanto, pesquisadores alertam que eles podem “pegar um resfriado” e outras doenças respiratórias dos seres humanos. Em 2008, um estudo descobriu a primeira evidência direta de transmissão de vírus de humanos —nesse caso, o Paramyxoviridae — para os primatas e concluiu que a transmissão de doenças poderia estar por trás do rápido declínio de espécimes.
Cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, já estão usando macacos-rhesus para pesquisas sobre o novo coronavírus e descobriram que eles desenvolvem uma “doença respiratória leve”. Embora não tenham apresentado febre ou sintomas graves, seus pulmões mostraram sinais de pneumonia, comparáveis a algumas infecções por Covid-19 em humanos.
Fonte: Revista Galileu
Retirado do site: www.ambientebrasil.com.br
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