“Tenho recebido muitas homenagens, mas receber um título no meu estado, vindo da Assembleia Legislativa, devo dizer que é muito mais importante e atribuo essa homenagem ao trabalho que tenho feito à frente do Ministério”. Foi com essas palavras que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Regina Alves, agradeceu o título de Cidadã Benemérita do Paraná, que recebeu na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta segunda-feira (12). A proposta da homenagem foi do deputado Delegado Francischini (PSL). “O Brasil é uma nova nação. É o país da inclusão. E o nosso Governo é incomum formado por pessoas comuns. Por isso, o meu recado é: há esperança para esta nação. A garantia dos direitos humanos para todos é a nossa meta”, afirmou no discurso a mais nova cidadã do Paraná.
Ministra Damares Alves é a mais nova cidadã benemérita do Paraná - Foto: Orlando Kissner/Alep |
Damares Alves, que é de Paranaguá, no litoral do estado, se mudou bem cedo para o Nordeste, mas disse, ao longo da cerimônia no Plenário da Assembleia Legislativa, que “O Paraná é o melhor estado do Brasil”. A homenageada é formada em Direito e Pedagogia. Nas décadas de 1980 e 1990, teve atuação relevante na proteção de crianças em situação de rua e na defesa das mulheres de pescadores e trabalhadoras do campo. Em 1999, passou à função de assessora parlamentar na Câmara dos Deputados onde realizou trabalhos de combate à pedofilia, de proteção à infância e em favor das crianças com deficiência vítimas do infanticídio indígena. “Atuar em direitos humanos significa proteger crianças, idosos e adolescentes. Enquanto milhões de crianças e milhões de mulheres são vítimas de pedofilia hoje no Brasil, como eu sofri no passado, as pessoas brincam com a minha fé. Mas o que eu pretendo é “tirar crianças do pé de goiaba”, uma alusão aos 30 casos/dia de crianças assassinadas no país e em referência à experiência espiritual que alega ter vivenciado. “Chamem como quiser. Eu chamo de fé “, disse.
Ao rebater críticas às mudanças de integrantes na Comissão de Anistia, criada em 2002 para reparar direitos das vítimas da ditadura, e transferida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, sob o comando dela, Damares Alves ressaltou que adotou a medida porque tem pressa em dar uma resposta às famílias das vítimas. “Deixaram requerimentos de indenização de anistia desde o ano de 2001. Sete mil ao todo. E eu é que sou chamada de “louca”?, rebateu.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), destacou que é uma honra para o Paraná e para a Casa de leis entregar o título de Cidadã Benemérita a Damares Alves. “Sinto orgulho de ter uma paranaense em um dos cargos mais importantes do país, conduzindo o Ministério com equilíbrio e sabedoria”, declarou.
Delegado Francischini agradeceu pelo trabalho de duas décadas que Damares realizou em prol de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social e pela atuação da ministra nas ações em benefício do estado do Paraná. “O trabalho dessa parnanguara está tornando visíveis crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos, que até agora eram invisíveis. Por isso, ser cidadã benemérita do Paraná é mais que um título. É um reconhecimento do cidadão paranaense ao trabalho que ela tem feito pela população”, disse. “Quero estar junto com vossa excelência em todos os pés de goiabeira que a senhora subir, porque eu também quero ver Jesus na minha vida”, afirmou na tribuna da Assembleia.
Presenças: Além dos deputados estaduais, e outras autoridades e pessoas da sociedade civil e entidades de classe, prestigiaram a sessão solene de entrega do Título de Cidadania Benemérita a Damares Alves, o desembargador Luiz César Ncolau, que representou o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Adalberto Jorge Xisto Pereira; Petrúcia de Melo Andrade, secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Sandra Terena, secretária nacional de Políticas de promoção da Igualdade Racial; Leonice Boldstein, desembargadora especializada em Combate à Violência Contra a Mulher; Maria Aparecida Mello Da Silva Losso, 1ª promotora do Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba; Carlise Kwiatkowski, presidente do Provopar Estadual; desembargador , Antônio Costa, secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Fernando César Ferreira Pereira, ouvidor nacional de Direitos Humanos. E os deputados federais Felipe Barros (PSL/PR), Felipe Francischini (PSL/PR), Diego Garcia (PODE/PR) e Aline Sleutjes (PSL/PR).
Fonte: Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa do Paraná
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