Cerca de 100 policiais militares da reserva participaram nesta terça-feira (16), em Curitiba, de curso de formação voltado à atuação no Programa Escola Segura. A iniciativa é uma parceria entre as Secretarias de Estado da Educação e do Esporte e da Segurança Pública.
Com duração de oito horas, o evento tem como objetivo capacitar os agentes que atuam no programa para que contribuam nas ações educativas e de prevenção à violência, dentro de suas atribuições no ambiente da escola. Técnicos pedagógicos dos Núcleos Regionais de Educação das Áreas Metropolitanas Norte e Sul, de Londrina e de Foz do Iguaçu, responsáveis pela demanda de Direitos Humanos, também participaram do curso.
A diretora do Departamento de Políticas Públicas para Crianças, Adolescentes e Idosos da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, Angela Mendonça, ministrou a primeira palestra do evento. Para ela, a Polícia Militar é um braço estratégico na proteção da infância, porque se trata de uma instituição voltada à valorização da vida.
““Quando temos um programa que traz policiais militares para compor a equipe que atua nas escolas só posso dizer que é uma excelente ideia”, disse. “Com formação, sabendo de seu papel, com condições adequadas de trabalho e sendo também um garantidor de direitos”, acho esse programa “revolucionário””, acrescentou.
FORMAÇÃO – - Com oficinas sobre temas como diversidade na escola, as violências no ambiente escolar, bullying e estrutura e funcionamento da instituição de ensino, o curso é uma complementação ao treinamento de 20 horas pelo qual os policiais passaram no início de maio. Na primeira etapa, participaram de cursos de capacitação de conhecimentos gerais sobre o policiamento escolar, abordagem policial, e tiro, além de ato infracional e indisciplina, encaminhamento e medidas socioeducativas e interação com os diretores.
O cabo Renato Vidal Garcia, que atua no Colégio Estadual Professora Lindaura Ribeiro Lucas, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, reconhece a necessidade dos cursos de formação voltados aos policiais do Escola Segura, que possibilitam a união da teoria à prática. “Acho importante essas orientações, os cursos e as palestras, em especial sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por estar todo dia na instituição, é importante ter este conhecimento””, diz.
Sobre o programa, Garcia lembra que num primeiro momento a comunidade escolar recebeu os policiais com certa timidez, mas que hoje os alunos já o chamam até “de “tio””.
ESCOLA SEGURA – - Ação prevista no plano do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Programa Escola Segura já foi implementado em oito colégios estaduais de Foz do Iguaçu e em 18 instituições de ensino de Londrina (Norte). Na Região Metropolitana de Curitiba, 27 colégios foram contemplados neste momento.
A escolha das instituições levou em conta critérios técnicos, como o número de alunos, espaço físico, número de ocorrências e localização.
No segundo semestre de 2019, outras 22 escolas, desses mesmos Núcleos Regionais de Educação, também vão receber o programa.
O programa prevê a presença de dois policiais do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários nas escolas, em dois turnos: das 7h às 15h e das 15h às 23h. Trata-se de um complemento às atividades preventivas já desempenhadas pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, responsável por coordenar o Escola Segura nos colégios estaduais e também pelo treinamento, gestão, capacitação e fiscalização dos PMs que atuam na iniciativa.
Fonte: AEN-PR - Agência Estadual de Notícias
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