“O nosso projeto não proíbe o uso do plástico ou dos copos e canudos descartáveis, mas cria um selo de incentivo às empresas que priorizarem o uso de materiais biodegradáveis, comestíveis ou reutilizáveis. A ideia é incentivar os empresários paranaenses do ramo alimentício a suspender, gradativamente, o uso de materiais descartáveis, de forma a minimizar a degradação ambiental”, afirma o deputado Requião Filho (MDB). Ele está propondo a criação do “Selo Empresa Consciente, Meio Ambiente Equilibrado”, que serve como um estímulo às empresas ambientalmente responsáveis.
Deputado Requião Filho: estimular boas práticas no comércio alimentício, criando novas formas de cuidar do meio ambiente - Foto: Dálie Felberg/Alep. |
A proposição (nº 39/2019) protocolada na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), já recebeu parecer favorável do relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Porém, teve sua votação adiada atendendo pedido de vista feito por outros deputados. “Já contamos com apoio dos órgãos responsáveis, mas como não possui assinatura de membros do Governo do Estado, o projeto tem sofrido resistência por parte de alguns deputados da CCJ”, declara o parlamentar. Segundo Requião Filho, sua proposta, diferente de outros projetos apresentados no país que multam a utilização dos materiais descartáveis, não estabelece mais uma punição ou restrição aos empresários que já sofrem com o excesso de burocracia. “É a nova política e o projeto vai ao encontro com o que quer a sociedade atual. Não queremos complicar a vida de ninguém, mas sim estimular as boas práticas do comércio alimentício, para que criem novas formas de cuidar do meio ambiente e da saúde da população. Afinal, estudos comprovam que o uso de materiais plásticos com líquidos quentes, por exemplo, libera o estireno, uma substância tóxica e cancerígena, e que deve ser evitada”.
Lixo orgânico – O parlamentar conta ainda que o projeto foi elogiado pela presidência do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (Sindiabrabar), que propôs acrescentar também o reconhecimento do Selo aos que trouxerem soluções para os resíduos sólidos. “Com pequenos espaços já é possível processar o lixo orgânico nos próprios estabelecimentos”, explica Fábio Aguayo, presidente da instituição e vice-Presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Feturismo. Um exemplo positivo, segundo Aguayo, foi instalado no polo gastronômico da Rua Itupava, em Curitiba, onde os empresários de doze bares diferentes processam em conjunto quase todo resíduo orgânico das cozinhas. Na opinião dele, uma ideia que pode fazer a diferença se for estendida a outros locais com grande circulação de turistas, como o litoral paranaense. “É importante ressaltar que este projeto vai trazer um debate que vai beneficiar todo Paraná. Inclusive o nosso litoral, que sofre muito em épocas de réveillon, carnaval e em toda alta temporada, com o descarte incorreto do lixo. Uma saída viável e que pode trazer muitos resultados positivos”, concluiu.
Após receber parecer favorável na CCJ, o projeto de lei poderá seguir os trâmites nas demais comissões temáticas e ser votado pelo Plenário do Legislativo.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa do Paraná
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