POLVOS PODEM FICAR CEGOS DEVIDO AO AQUECIMENTO DAS ÁGUAS MARINHAS, UM REFLEXO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE OCORREM NO MUNDO TODO (FOTO: SCRIPPS INSTITUTION OF OCEANOGRAPHY/LILLY MCCORMICK) |
Já sabemos que recifes de corais sentem os impactos do aquecimento global. Agora, um estudo, publicado, no Journal of Experimental Biology, mostra ainda que invertebrados marinhos, tais como os polvos, estão ficando cegos devido às mudanças climáticas.
O estudo atribui a cegueira ao aquecimento das médias de temperatura do planeta, que têm contribuído para a diminuição do oxigênio presente das águas dos mares. A pesquisa mostrou também como funciona o comportamento desses seres marinhos em situações de baixa presença de oxigênio.
Os pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos coletaram larvas de uma variedade de animais como a lula costeira (Doryteuthis opalescens), polvo-da-califórnia (Octopus bimaculatus), caranguejo de atum (Pleuroncodes planipes) e um caranguejo-rocha ( Metacarcinus gracilis).
LULA COSTEIRA (DORYTEUTHIS OPALESCENS) SOFRE COM OS IMPACTOS DO AQUECIMENTO GLOBAL (FOTO: WIKIPEDIA COMMONS) |
Assim que os níveis de oxigênio diminuíram, a percepção visual caiu: o caranguejo-rocha e a lula quase ficaram cegos quando o nível de oxigênio chegou ao seu mínimo (20% ao da superfície).Todas as espécies tiveram ainda uma perda de 60% a 100% da visão.
Mas, quando os níveis de oxigênio subiram ao normal, após meia ou uma hora a maioria das espécies se recuperou. Ainda assim, o pouco oxigênio pode levar caranguejos e cefalópodes à uma situação em que eles não podem enxergar suas presas ou predadores dos quais devem escapar.
Fonte: Revista Galileu
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