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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

JUSTIÇA - Mulher é condenada a 15 anos de prisão por contrabando de 2 toneladas de marfim

Conhecida como a “Rainha do marfim”, Yang Fenglan, contrabandeou presas de mais de 350 elefantes
Por Mariana Duque, ANDA

Foto: WAN
De acordo com Reuter s, Yang Fenglan, que viveu na Tanzânia e fora por décadas “foi considerada culpada por trabalhar com dois homens no contrabando de mais de 800 peças de marfim entre 2000 e 2004”.

“Parabéns à Tanzânia por se posicionar contra o tráfico de animais selvagens e por prosseguir com a acusação de uma caçadora de marfim de alto nível da Ásia”, disse Damien Mander, fundador da International Anti-Poaching Foundation. As informações são da World Animal News.

“Muitas vezes, essas pessoas podem entrar em um avião e voar para casa intocadas. Esta sentença de 15 anos é uma das mensagens mais fortes até agora de que a vida selvagem da África está fora dos limites”.

Yang Fenglan e os homens com quem ela conspirou, Salivius Matembo e Manase Philemon, teriam sido condenados por “liderar uma gangue de crime organizado”.

Em uma coletiva de imprensa na última terça-feira (19), quando questionada sobre as notícias da Reuters, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, confirmou que a China apoia a decisão do tribunal da Tanzânia.

“O governo chinês tem ‘tolerância zero’ para com o comércio ilegal de animais em extinção e seus produtos”, Shaung respondeu ainda explicando que “desde 2015, a China lançou medidas para proibir a importação e exportação de esculturas de marfim, troféus de caça e processamento interno e venda de marfim para fins comerciais”.

“Apoiamos os departamentos relevantes da Tanzânia na investigação deste caso de acordo com a lei”, continuou Shuang. “A China está pronta para trabalhar com a Tanzânia e outros membros da comunidade internacional para proteger espécies ameaçadas e reprimir o comércio ilegal”.

O governo chinês solicita a seus cidadãos estrangeiros que respeitem as leis e regulamentos locais e nunca protejam aqueles que violaram as leis.

“Eu gostaria de lembrar os cidadãos chineses viajando na África para ter em mente as leis relevantes e não para comprar ou transportar com eles quaisquer produtos feitos de animais selvagens ameaçados, como marfins e chifres de rinoceronte”, disse Shuang.

Proibição na China

A ANDA noticiou no fim do ano passado que a exploração de rinocerontes e tigres continuaria sendo ilegal na China, após o governo chinês acabar com a revogação da lei que proíbe a exploração, comércio, transporte e exibição desses animais. Esta lei existe há vinte e cinco anos.

A lei foi revogada em outubro de 2018, abrindo uma exceção que permitia o uso de partes de rinocerontes e tigres para fins medicinais. A decisão causou revolta a grupos de ativistas, como a fundação WWF e a Humane Society International.

De acordo com Huang Caiyi, porta-voz do Departamento Nacional de Gestão Ambiental, a repressão ao comércio ilegal de rinocerontes e tigres, assim como suas partes, ocorre em todo o país desde 13 de novembro e permaneceria até dia 31 de dezembro.

Fonte: Anda - www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais  

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