A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou nesta segunda-feira (11) que determinou às mineradoras inspeções diárias em barragens a montante, do mesmo tipo da que rompeu em Brumadinho.
Nesse tipo, a barragem cresce em forma de degraus, utilizando o próprio rejeito do processo sobre o dique inicial (veja na imagem abaixo).
Em Brumadinho, já foram confirmadas as mortes de 165 pessoas; outras 155 estão desaparecidas. Em Mariana, há cerca de três anos, uma barragem do mesmo tipo rompeu, e 19 pessoas morreram.
De acordo com a Agência Nacional de Mineração, as informações sobre as inspeções diárias deverão ser enviadas para o Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração.
Quem não cumprir a determinação, informou a ANM, poderá ser multado e até ter a barragem interditada.
Outras medidas
A agência também determinou:
Instalação de sirenes nas barragens a montante até 30 de abril;
Apresentação da Declaração de Condição de Estabilidade das barragens, incluindo estudo de susceptibilidade à liquefação para condição não drenada (prazo de 30 dias).
Determinações para todas as barragens
De acordo com a Agência de Mineração, também haverá determinações gerais para todos os tipos de barragens, entre as quais, instalações de suporte localizadas na “área de influência das barragens”.
Em Brumadinho, por exemplo, a área administrativa e o refeitório da Mina Córrego Feijão ficavam abaixo da barragem e foi o primeiro local atingido pelo rompimento.
Segundo a agência, as empresas também devem avaliar, “de imediato”, a necessidade de remoção dessas instalações com vistas a resguardar a integridade dos trabalhadores, quantificando as pessoas potencialmente afetadas na Zona de Autossalvamento.
A agência determinou, ainda, que as empresas informem “se houve e quais foram as providências adotadas quanto à segurança das barragens em razão do risco e do dano potencial associado” após o rompimento da barragem em Brumadinho.
Fonte: G1
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