Por Redação
O futuro ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles, publicou no Instagram um vídeo no qual filma porcos empalados que estavam sendo assados em um churrasco em Pratânia, município de São Paulo. Como se não bastasse a imagem que retrata a crueldade imposta aos animais, que têm as vidas ceifadas, Salles resolveu debochar do veganismo, escrevendo na legenda do vídeo: “churrasco vegano de Pratânia”.
A postura do futuro ministro deixou clara a falta de respeito dele com o veganismo e a ausência de compaixão com os animais, o que é alarmante se tratando de uma pessoa que ocupará um cargo importante no Ministério do Meio Ambiente, órgão que, por zelar pela natureza, é indiretamente responsável pelos animais que nela vivem.
Além da piada feita sobre veganismo, Salles também é réu na Justiça e responde pela acusação de fraude ambiental. De acordo com o Ministério Público (MP) de São Paulo, responsável por mover a ação judicial, Salles alterou ilegalmente o plano de manejo de uma área de proteção ambiental na Várzea do Rio Tietê quando era secretário do Meio Ambiente de Geraldo Alckmin. O MP afirma que Salles agiu “com a clara intenção de beneficiar setores econômicos”.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o futuro ministro – que é apoiado por entidades ruralistas que, ao que tudo indica, podem ser beneficiadas por ele em detrimento do meio ambiente – não deu qualquer importância para as discussões acerca do aquecimento global, debate que deve ser considerado prioridade para qualquer pessoa que defenda o meio ambiente e que, ao ser relativizado e ignorado por Salles, gera preocupação e coloca em dúvida o trabalho que ele executará no ministério.
“A discussão se há ou não aquecimento global é secundária. Não vou entrar nesse momento nessa discussão”, afirmou Salles.
Fonte: Anda - Agência de Notícias de Direitos de Animais
Site: www.anda.jor.br
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