Por Redação
(Foto: Carolina Holland/G1) |
A mudança será uma realidade também em outros municípios brasileiros, como Florianópolis. Em Curitiba, a proposta vinha sendo discutida desde o início deste ano. A principal justificativa dos apoiadores da causa animal é o sofrimento que os fogos de artifício causam aos animais, em especial os cachorros, cuja audição é muito mais sensível que a humana. Por isso, o prefeito afirmou que a decisão de utilizar os explosivos sem barulho é uma homenagem às protetoras de animais da cidade.
Uma delas é a vereadora Fabiane Rosa que têm colocado o assunto em pauta com frequência a fim de evitar o sofrimento dos bichos durante festas de fim de ano. Após as comemorações do aniversário da cidade em março, a vereadora cobrou fortemente a prefeitura para que os fogos barulhentos fossem proibidos. “Merece sim ser comemorado o aniversário, mas os animais não merecem o bombardeio. Infelizmente houve queima de fogos dentro do Parque Tanguá, um local inclusive que é uma reserva”, disse a vereadora à época.
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) contrariou a vereadora ao afirmar ter utilizado fogos silenciosos na ocasião. Segundo a instituição, o barulho ouvido foi gerado no momento de lançamento dos explosivos porque eles estavam muito próximos um do outro. Para evitar esse ruído, a promessa da FFC é de que os fogos esse ano tenham maior distância entre si nas comemorações de Natal.
A lista de eventos que utilizarão esses fogos sem estampido ainda não foi divulgada pela FCC, mas a novidade já foi recebida com alegria pelos protetores de animais. “O ano inteiro nós fizemos pressão e aí está o primeiro resultado. Agora, queremos que o prefeito sancione a lei que proíbe o uso dos fogos barulhentos”, disse a vereadora Fabiane.
Lei ainda não foi aprovada
Segundo a vereadora, o texto do projeto de lei já recebeu parecer positivo de todas as comissões da Câmara e deve entrar em votação no início de 2019. “Ainda não temos a maioria de votos na Câmara, mas esperamos conseguir esse apoio e também o comprometimento do prefeito, até porque ele prometeu isso na campanha”, pontua.
Sem a lei, eventos particulares ainda podem utilizar fogos com estampido. Mas a orientação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) é de que a população procure utilizar explosivos com menos ruído para que impacte menos na saúde dos animais.
Outros municípios
No Brasil, diferentes cidades já decidiram cancelar a queima de fogos oficial de Réveillon ou optaram por dispositivos silenciosos. A medida foi tomada em cidades como Alfenas, Poços de Caldas e Três Pontas, em Minas Gerais; Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e Florianópolis. Em Curitiba, a prefeitura já havia proibido o lançamento de fogos de artifício no Réveillon do Parque Barigui, em 2017.
Fonte: Gazeta do Povo
Retirado do Site www.anda.jor.br
Anda - Agência de Notícias de Direitos de Animais
Nenhum comentário:
Postar um comentário